-

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008


Manhã.

sono,
sono,
cama quente,
chuvisco lá fora,
um pedido,
sono.

Tarde.
comida
toca um Engenheiros
Carlos Drummond de Andrade
televisão
chuva forte
dia frio
tudo gelado
coragem, esperança, amor e vida lá fora
minha cama continua quente, continuarei por aqui
aconchego
idéias
ansiedade
livros
olhar pro nada
boas notícias
verdade
pernas pro ar
risos
filme
lanche
brincadeira com o cachorro
risos
vazio


sono.

Postado por d. @ 0 comments




Dois dias,

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008



Como conhecer um oceano, e agora se contentar com apenas uma gota ?
Ah. E como entristece essa falta de tudo...
Falta de amor, de coragem, de respeito, de compreensão.
E quem tem a cura para as doenças da minha consciência, se não eu mesma?
E como encontrar uma mão que se encaixe perfeitamente na minha? Como desvendar os segredos dos olhos de um estranho?

- Calma, a culpa não foi sua!
- Ele não estava aqui, ele não estava aqui...

Dois estranhos.
Que nunca tiveram um sentimento em comum.
É isso que parece, no meio de tudo.
Eu que sempre estive aqui à esperar, agora me despeço de uma vida que não quero mais, faltava coragem, porque é melhor se apegar a um passado já construído, do que se apoiar em futuro duvidoso, por isso que nós sempre apostamos no passado, porque é um caminho já traçado, conhecido. E como todo ser humano, eu também tenho medo do desconhecido. Mas serei corajosa dessa vez e me jogarei por essa estrada, com todas as pedras que eu ainda vou tropeçar, mas é minha escolha. Como tinha dito todo esse tempo eu estava aqui, a esperar.
Ainda sinto raiva de seus olhares de julgamento, do seu riso de tristeza.
E mesmo que as lágrimas que eu derramei ontem no travesseiro se multipliquem, eu hei de parar de ver seu rosto refletido em mim, de sentir uma saudade que não me é cruel, mas que machuca tanto, de confundir em outros braços os seus abraços, de fazer de você o dono das minhas palavras. Elas são preciosas, e as guardarei para uma outra necessidade. Talvez até seja engano, acho que era por mim que eu estava chorando, por me colocar mais uma vez em uma situação assim.
Continuo me achando ridícula. Nessa minha eterna busca de acertar, cometo os mesmos erros e passo a vida a corrigi-los, sempre apostei no perigo, o caminho que ninguém percorreria. Mas se me permitem usar de outras frases, podem ter certeza, que daqui pra frente, tudo vai ser diferente.


Consciência limpa.

Postado por d. @ 0 comments




escrever

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008


Palavras são reféns de significados, olhares e gestos são infinitos, incalculáveis. Tenho mania de tentar enxergar as pessoas através de uma caneta, que é o único instrumento que possuo para fazer alguma diferença. Tenho plena consciência de que minhas palavras possuem peso e que posso influenciá-lo com facilidade, mas é para isso que eu vivo, é a única coisa que eu sei fazer bem. E para este dom entreguei a minha vida.
Mas preste atenção, olha! Está nas entrelinhas, está tudo nas entrelinhas! Nem sempre ponho neste simples papel a real verdade. Então, não subestime as entrelinhas!
Escrever é o alívio do meu coração. É o meu enxergar perante o mundo. É o meu mundo em um papel.
Assim como para você não pode faltar o ar para poder respirar, não pode me faltar tentar o tempo todo compreender as pessoas, decifrar atitudes.
De repente, eu acabo me vendo explícita, decifrada em um conjunto de palavras e entrelinhas. Posso parecer tão boa para alguns e para outros não, mas eu escrevo para o meu bem, é o meu abrir de olhos perante o mundo e à mim mesma.
É minha luz na escuridão em que me encontro.

Postado por d. @ 1 comments




pouco a pouco

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008


Contarei uma história pra vocês:

Ela era uma menina ainda, mantinha os pés no chão, apesar da pouca idade já compreendia certas coisas da vida, fugia um pouco as regras, diziam que ela era diferente, já havia sofrido, gostava de perder o controle as vezes, fingir ser o que já era.Ela era presa a realidade, ao chão, talvez por causa da força da gravidade!

Ele era estranho (para alguns). Mas era divertido, nem todos o entendiam,vivia a voar, não queria compreender nada, a não ser suas próprias regras, queria viver sem sentir, mas buscava ser compreendido, não tinha razão em suas ações. Não amava. Limites não lhe interessavam.

A princípio só tinham uma coisa em comum: a alegria.

Ela o divertia. Ele a distraia. Ele disse 'eu te amo', ela ficou sem fala. Ele se envolveu, ela manteve seu pé atrás. Ele a fazia fugir as regras numa frequência cada vez maior. Ela era o limite dele. Ela não estava pronta para sair do seu mundo cuidadosamente protegido, ele parecia que corromper sua capa protetora que a impedia de sentir algo por alguém de novo. Mas ele a fez voar. Ela o ensinou a enchegar em um novo ângulo.
Ela tinha o coração em outro lugar. Ele mantinha os olhos nela.A protegia. A 'amava' Ele arriscou. Ela parou.

Alguma coisa se rompeu.
De repente não tinham mais nada em comum.
A alegria se transformou em saudade.
Passou um tempo..

Ela não entendia, mas não conseguia esquecer ele.
Ele se acostumou com a ausência dela.
Ela tem choques de razão, responsabilidade, realidade.
Ele tem choques de liberdade.
Como eles iam se encontrar ?

Será que eles tinham aquilo que faltava no outro ?

Ela sentiu saudade.
Ele ligou.
Ela ficou feliz..ele ainda se importava!
Eles arriscaram.
Ela caiu.
Ele assistiu.
Ela teve que escutar ' eu não quero mais', mas ele já tinha escutado ' eu não te amo'.
Feridas demais.
A gravidade a puxou mais para o chão e suas asas foram cortadas..
Ele assistia, não se importava, sabia que ela estava provando do próprio veneno, afinal era o que ela já havia feito com ele..
A diferença é que ela se importou, parou e voltou. Mas ela não voltou pro lugar de onde eles pararam, ele não estava mais lá. Tarde demais.

- Eu nunca sei o que você quer..
(pensamento)
"Eu quero que quando eu dissesse 'não', você me mandasse um buquê de flores de novo.Eu queria que passasse um final de tarde comigo, conversando, falando besteira, fizesse eu me sentir bem e parar de me castigar pelo meu erro. Queria que você ficasse feliz só de me ver, e que isso fosse um prazer e não uma obrigação. Queria que não soltasse minha mão. Que eu te fizesse sorrir de novo, que conseguisse completar suas frases, enquanto você completava os meus pensamentos com atitudes. Queria que você encontrasse nos meu braços, um abrigo, de novo. É pedir demais ? "
(na realidade)
Ficou calada, como de costume.

Hora de dormir.
Ela se deita e pensa nele. Ele é a última coisa que ela ver antes de dormir.
Ele se deita, pega o celular, pensa em ligar, mas desiste. Pega a chave do carro e sai pra passear.

Postado por d. @ 2 comments




Reviver

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008


Hoje eu bati meu recorde, fui dormir umas 6:00 da manhã e minha mãe me acordou 7:42..Não tenho tido sono esses dias;
Eu fui no reviver hoje de manhã; acho aquele lugar mágico, tem a capacidade de nos renovar de certa forma(ou não), acho que por isso do nome. Eu fui sozinha lá, caminhei, olhei algumas lojinhas, comprei uns livros, pouca gente sabe mas lá tem uma livraria que vende só clássicos da literatura brasileira como Machado de Assis (um dos meus escritores prediletos), Eça de Queiroz, Visconde de Taunay, entre outros, esses livros vão me ocupar bastante esses dias. Quando eu fui comprar brinco e pulseira pra mim, eu fui em um daqueles hippies que tem lá, eu realmente me simpatizei com o hippie que me atendeu, até porque ele me deu um bom desconto e tinha um cachorro, ele perguntou o que eu fazia lá sozinha, eu disse que queria andar, que eu gostava daquele lugar, ai ele disse que poucas pessoas daqui de São Luís fazem fazem isso, ai quando eu tava indo embora ele me chamou e perguntou se eu estava bem, sinceramente não sei porque ele fez isso, mas eu respondi que não, que eu não estava bem. Ele começou a falar o que normalmente todas as pessoas falam, que eu sou uma menina bonita, que 'aparentemente' eu não tenho motivo pra me sentir assim,ele disse que quando eu me sentisse assim era pra eu pensar em outras pessoas que sofrem mais e por problemas talvez muito mais sério que os meus, aquela mãe que sofre por um filho, aqueles que não tem casa ou futuro. Ele tinha razão obviamente e ouvir ele dizendo aquilo fez eu me sentir privilegiada! Fui embora. Eu pensei muito caminhando naquelas ruas, senti falta de um monte de coisa que eu deixei pra trás na minha vida, querendo ou não. Lembrei o quanto eu sou covarde e desisti fácil das coisas, ou eram as pessoas que não valiam meu esforço ?
Teve uma hora que passei pela rua que mais gosto, é uma rua que fica bem no começo do estacionamento, no final dela tem uma escadaria, umas lojinhas e lá também tem o casarão que eu mais gosto! Ele é amarelo, dois andares, duas janelinhas em baixo, uma sacada em cima, acho muito bonitinho esse casarão; acho que um dia eu vou morar lá!
Eu tava lendo um livro sentanda em um restaurante, lá no Reviver ainda, teve uma frase que me chamou a atenção bem no final do capítulo, "como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade".
E essa é a mais pura verdade, ninguém nunca é feliz por completo, quando a gente alcança uma certa felicidade, depois de um tempo aquilo não nos satisfaz mais e a gente vai atrás de outras coisas que 'aparentemente' nos fará felizes, seja coisas materias ou sentimentos; A gente vai sempre tá correndo atrás dessa felicidade.
Felicidade.
Não existe felicidade sem já ter sofrido.
Uma luz no fim do túnel..
Será ?
Se um dia eu encontrasse paz, se meus amores não fossem apenas sonhados..é que de uns tempos pra cá eu não ando nada bem e quem me vê sorrindo nem imagina, vontade já nem dá..dos poréns e afins, eu conheci. Ando alheia de mim, o tempo todo vou botando os sentimentos acima da razão, as pessoas vão passando por mim, eu ficando pra trás e a verdade é que eu nunca me mechi desse lugar, sempre fiquei a esperar.
E por quanto tempo uma pessoa consegue se arrepender ?
Quando mamãe foi me pegar lá no Reviver, ela me perguntou o que eu tinha e eu não disse, comecei a chorar e ela me abraçou..quem me dera morar naquele abraço;
Esse passeio no Reviver serviu pra eu esclarecer essas coisas, pra eu dizer certas verdades pra mim mesma, verdades das quais eu já sabia, mas não queria ouvir..
Mas ai a saudade vem..e passa ?

Obs: O livro lido era A menina que roubava livros,

Postado por d. @ 2 comments




algum ponto

terça-feira, 1 de janeiro de 2008


quero explodir as grades..
e voar!
não tenho pra onde ir,
mas não quero ficar
novos horizontes
se não for isso, o que será ?
quem constrói a ponte não conhece o lado de lá
suspender a queda livre..
libertar!
o que não tem fim, sempre acaba assim.


;~

Postado por d. @ 1 comments