pouco a pouco
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Contarei uma história pra vocês:
Ela era uma menina ainda, mantinha os pés no chão, apesar da pouca idade já compreendia certas coisas da vida, fugia um pouco as regras, diziam que ela era diferente, já havia sofrido, gostava de perder o controle as vezes, fingir ser o que já era.Ela era presa a realidade, ao chão, talvez por causa da força da gravidade!
Ele era estranho (para alguns). Mas era divertido, nem todos o entendiam,vivia a voar, não queria compreender nada, a não ser suas próprias regras, queria viver sem sentir, mas buscava ser compreendido, não tinha razão em suas ações. Não amava. Limites não lhe interessavam.
A princípio só tinham uma coisa em comum: a alegria.
Ela o divertia. Ele a distraia. Ele disse 'eu te amo', ela ficou sem fala. Ele se envolveu, ela manteve seu pé atrás. Ele a fazia fugir as regras numa frequência cada vez maior. Ela era o limite dele. Ela não estava pronta para sair do seu mundo cuidadosamente protegido, ele parecia que corromper sua capa protetora que a impedia de sentir algo por alguém de novo. Mas ele a fez voar. Ela o ensinou a enchegar em um novo ângulo.
Ela tinha o coração em outro lugar. Ele mantinha os olhos nela.A protegia. A 'amava' Ele arriscou. Ela parou.
Alguma coisa se rompeu.
De repente não tinham mais nada em comum.
A alegria se transformou em saudade.
Passou um tempo..
Ela não entendia, mas não conseguia esquecer ele.
Ele se acostumou com a ausência dela.
Ela tem choques de razão, responsabilidade, realidade.
Ele tem choques de liberdade.
Como eles iam se encontrar ?
Será que eles tinham aquilo que faltava no outro ?
Ela sentiu saudade.
Ele ligou.
Ela ficou feliz..ele ainda se importava!
Eles arriscaram.
Ela caiu.
Ele assistiu.
Ela teve que escutar ' eu não quero mais', mas ele já tinha escutado ' eu não te amo'.
Feridas demais.
A gravidade a puxou mais para o chão e suas asas foram cortadas..
Ele assistia, não se importava, sabia que ela estava provando do próprio veneno, afinal era o que ela já havia feito com ele..
A diferença é que ela se importou, parou e voltou. Mas ela não voltou pro lugar de onde eles pararam, ele não estava mais lá. Tarde demais.
- Eu nunca sei o que você quer..
(pensamento)
"Eu quero que quando eu dissesse 'não', você me mandasse um buquê de flores de novo.Eu queria que passasse um final de tarde comigo, conversando, falando besteira, fizesse eu me sentir bem e parar de me castigar pelo meu erro. Queria que você ficasse feliz só de me ver, e que isso fosse um prazer e não uma obrigação. Queria que não soltasse minha mão. Que eu te fizesse sorrir de novo, que conseguisse completar suas frases, enquanto você completava os meus pensamentos com atitudes. Queria que você encontrasse nos meu braços, um abrigo, de novo. É pedir demais ? "
(na realidade)
Ficou calada, como de costume.
Hora de dormir.
Ela se deita e pensa nele. Ele é a última coisa que ela ver antes de dormir.
Ele se deita, pega o celular, pensa em ligar, mas desiste. Pega a chave do carro e sai pra passear.
Postado por
d. @
2 comments