Dois dias,

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008



Como conhecer um oceano, e agora se contentar com apenas uma gota ?
Ah. E como entristece essa falta de tudo...
Falta de amor, de coragem, de respeito, de compreensão.
E quem tem a cura para as doenças da minha consciência, se não eu mesma?
E como encontrar uma mão que se encaixe perfeitamente na minha? Como desvendar os segredos dos olhos de um estranho?

- Calma, a culpa não foi sua!
- Ele não estava aqui, ele não estava aqui...

Dois estranhos.
Que nunca tiveram um sentimento em comum.
É isso que parece, no meio de tudo.
Eu que sempre estive aqui à esperar, agora me despeço de uma vida que não quero mais, faltava coragem, porque é melhor se apegar a um passado já construído, do que se apoiar em futuro duvidoso, por isso que nós sempre apostamos no passado, porque é um caminho já traçado, conhecido. E como todo ser humano, eu também tenho medo do desconhecido. Mas serei corajosa dessa vez e me jogarei por essa estrada, com todas as pedras que eu ainda vou tropeçar, mas é minha escolha. Como tinha dito todo esse tempo eu estava aqui, a esperar.
Ainda sinto raiva de seus olhares de julgamento, do seu riso de tristeza.
E mesmo que as lágrimas que eu derramei ontem no travesseiro se multipliquem, eu hei de parar de ver seu rosto refletido em mim, de sentir uma saudade que não me é cruel, mas que machuca tanto, de confundir em outros braços os seus abraços, de fazer de você o dono das minhas palavras. Elas são preciosas, e as guardarei para uma outra necessidade. Talvez até seja engano, acho que era por mim que eu estava chorando, por me colocar mais uma vez em uma situação assim.
Continuo me achando ridícula. Nessa minha eterna busca de acertar, cometo os mesmos erros e passo a vida a corrigi-los, sempre apostei no perigo, o caminho que ninguém percorreria. Mas se me permitem usar de outras frases, podem ter certeza, que daqui pra frente, tudo vai ser diferente.


Consciência limpa.

Postado por d. @ 0 comments