quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


se um dia ficaram marcas, agora eu já não lembro
é coisa pouca.
não quero tê-lo com medo da perda
quero sim, viver a ânsia pura de quem só ama pra ser amado,
sem medo e nem orgulho
quero sentir calafrios ao amanhecer e o frio na barriga ao anoitecer
quero passar o dia a espera de um telefonema, um aviso, um sinal
esperando, anciosa, a presença do homem que me ama como se nunca houvesse amado ninguém.
não importa quantas vezes já amamos e sofremos
já nos entregamos e fomos cortados com todas as palavras
não importa, não.
quando o amor chega é sempre a primeira vez, é sempre a mesma prisão.
quero delírios noturnos e gemidos surdos
porque apesar da volta que o mundo dá,
apesar de acharmos que nunca vale um centavo amar,
o amor ainda é o segredo que a gente faz questão de guardar.

(08/08/09)

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