quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


gostamos de achar que mudamos,
mas não mudamos, de verdade. (Duma Key - Stephen King)


com o tempo eu ia mergulhando nessa rotina e como na maioria das rotinas,
eu ia me entediando, querendo mudar, querendo fazer planos que eu nunca iria concluir, mas gostava da sensação de ter um plano B.
eu ia anotando o que fazia sentido sobre as coisas que eu via, no meu bloquinho
as vezes, anotava coisas sem sentido também.
escutar os sonhos das pessoas, os acrescentavam a mim
mas não os tornavam meus, de fato.
mas a minha moeda passou a ser os sonhos
uns grandes outros nem tanto.
mas sonhos não são medidos em régua, e sim em faz de conta.
a sensação de que eu estava mudando era falsa, isso eu sabia lá no fundo
só depois que percebi que na verdade, eu amadurecia.
mas as vezes, ainda me sobravam umas birras de criança;
batia o pé, chorava, respondia, teimava e não me aquietava.
eu vivia achando que eu era predestinada a algo realmente grande
mas a vida sempre me empurrava pra uma direção contrária, estranha
ter meus bons amigos e ser feliz como prioridades, foi um jeito que eu encontrei
pra aceitar a vida mais passivamente
quando ela, de fato, teimava em me deixar no chão
e nunca me arrependi dessa escolha;
eu não poderia viver sem meus amigos
porque eu não poderia viver sem coração.
acho que esse foi "o meu jeito de ficar para sempre, aqui na Terra
porque verdades, se distorcem
e mudanças, passam."

Postado por d. @ 1 comments